segunda-feira, 2 de julho de 2012

COMISSÃO APROVA RESERVA DE 50% DAS VAGAS NAS UNIVERSIDADES E IFS PARA ESTUDANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS


Alcançando mais um passo rumo à democratização do acesso ao ensino superior, na última quinta-feira (28), foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) o projeto de lei que estabelece a reserva de 50% das vagas de universidades e escolas técnicas federais para negros, pardos e indígenas que tenham estudado em instituições públicas. Histórica bandeira de luta do movimento estudantil, a UBES esteve presente durante aprovação da matéria, que pode seguir agora para análise da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) ou ir diretamente para votação no plenário do Senado.
“Hoje, a avaliação que nós fazemos da universidade federal é que ela ainda é muito elitizada, ainda faltam estudantes de escolas públicas, e é muito difícil para esses estudantes disputar essas vagas. Entendemos que, a partir do momento que conseguirmos a reserva de vagas, a universidade se tornará mais democrática e com a cara do povo brasileiro”, afirma o diretor de Assistência Estudantil da UBES, Matheus Diniz.
Pelo critério social, metade das vagas da cota deverá ser reservada a estudantes cujas famílias tenham renda per capita de, no máximo, um salário mínimo e meio — R$ 933 em valores atuais. Com base no critério étnico-racial, todas as vagas da cota serão preenchidas em conformidade com os percentuais de negros, pardos e indígenas na população do estado onde a instituição de ensino está localizada.
RESERVA DE VAGAS, BANDEIRA HISTÓRICA DO MOVIMENTO SECUNDARISTA
Durante a reunião que aprovou o projeto no CDH, os estudantes secundaristas da UBES e demais integrantes de entidades defensoras das cotas nas universidades públicas, lotaram a sala de reuniões com faixas e palavras de ordem como “Cotas já! Queremos estudar” e “Cotas já! O Senado vai votar”. Ao fim da sessão, cantaram o Hino Nacional, em comemoração ao avanço da tramitação.
Há 13 anos no Congresso, o projeto de lei é bandeira de luta declarada da UBES, que levando a pauta para diversos espaços de discussão, já realizou campanhas de mobilização nacional para garantir que o estudante do ensino médio tenha condições de concorrer a uma vaga no ensino superior. No histórico, jornadas nacionais de luta que já levaram milhares às ruas, fóruns, o Seminário de Educação em 2005, ocupação e blitz no Congresso em 2011, entre outras diversas intervenções que acompanham todo processo de aprovação, segue em momentos decisivos.

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