sexta-feira, 27 de abril de 2012


Na última terça-feira (24), durante audiência pública na Comissão de Trabalho da Câmara colocou em debate as condições de trabalho da juventude. A UBES defendeu redução da jornada de trabalho, a importância da profissionalização dos jovens, equiparação de salários entre homens e mulheres, e a necessidade de políticas públicas voltadas para o perfil da juventude.
Durante o debate a responsável da Coordenação Geral de Políticas para a Juventude do Ministério da Educação, Cláudia Guimarães, informou haver 39,5 milhões jovens entre 18 e 29 anos sem o ensino fundamental completo, o que para presidente da UBES, Manuela Braga é conseqüência da inserção precoce dos jovens no mercado de trabalho. “Torna-se difícil conciliar as atividades acadêmicas com o trabalho, por isso a UBES defende a importância de desenvolver políticas que levem em consideração o perfil da juventude, que precisa permanecer nas escolas e universidades para garantir sua profissionalização, melhor remuneração e a ocupação de melhores postos de trabalho ao chegarem no mercado”, defendeu.
Segundo a Coordenação Geral de Políticas para a Juventude do Ministério da Educação, o governo pretende melhorar a qualificação desta parcela da população por meio do programa ProJovem Urbano, que conjuga acesso à educação básica e treinamento profissional.
“O DESEMPREGO TEM IDADE, COR, SEXO E CLASSE SOCIAL: É JOVEM, NEGRO, FEMININO E POBRE!”
Durante audiência, a UBES também firmou as bandeiras de luta da entidade pela igualdade de gêneros, inclusive no mercado com a equiparação de salários, criticando e fazendo constante a luta do movimento estudantil em cobrança às políticas de enfrentamento ao sexismo (comportamentos e valores pré-determinados pelo gênero), racismo, homofobia e toda forma de opressão e discriminação que os jovens brasileiros enfrentam ao ingressarem no mercado de trabalho.
JORNADA DE TRABALHO_
Manuela também destacou a dificuldade de acesso ao primeiro emprego, que apesar das políticas de juventude existentes, as empresas se valem dessa dificuldade para explorar o jovem. E exemplifica: “empresas de telecomunicações, que ampliam a carga horária da juventude, não oferecem condições dignas de trabalho, tampouco plano de saúde, e cada vez menos se importa com a condição acadêmica”. Assim como o representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), André Vitral, a UBES também defendeu a redução da carga de trabalho máxima de 44 para 40 horas semanais para possibilitar que o jovem trabalhador continue estudando.

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