Composto
por 1.200 estudantes, representantes de diversos movimentos populares,
sociais, estudantis e educacionais, o 2° Encontro Nacional de Grêmios da
UBES conseguiu, vitoriosamente, cumprir seu papel e pautar
significativamente a diversidade e identificar no que precisamos lutar
para garantir que o estudante secundarista de cada sala de aula tenha
uma educação mais acessível e de qualidade.
Maior do que o pioneiro, o 2° ENG também
marcou o 2° Encontro de Mulheres Estudantes da UBES (EME), que também
deu voz aos jovens secundaristas no debate de gênero, autonomia e
emancipação das mulheres que compõem insubstituivelmente seus lugares na
sociedade.
Não bastasse o alto nível dos debates,
estes que tiveram unicamente como protagonistas os estudantes
brasileiros de norte a sul, colocou o ensino, mercado de trabalho, o
acesso à cultura, à democracia e as demais bandeiras levantadas pela
UBES como temas centrais. O resultado é composto por importantes
conquistas, a principal delas, a unidade de sonhos e interesses da
juventude de enfrentar os desafios da educação brasileira, prova disso,
são as RESOLUÇÕES E O DOCUMENTO.
Após grande entrave, a partir de hoje
(6), os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio 2012
(Enem) terão acesso à correção. A verificação, que pode ser feira pela página oficial serve apenas como análise pedagógica sem possibilidade de recurso para obter nova avaliação dos resultados.
Em comentário, o diretor executivo,
tesoureiro da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES),
Pedro Henrique, afirma que “esse é um dos grandes gargalos do ENEM, como
aconteceu no início do ano”; estudantes de todas as regiões do país
recorreram à Justiça para conseguir acesso à correção antes do período
de inscrição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), pelo qual
instituições públicas de educação superior oferecem vagas a candidatos
participantes do Exame. Veja o comentário:
“O ENEM foi criado em 1998 com o objetivo
avaliar a qualidade do ensino médio no país, em 2009 ganhou nova função
de selecionar os estudantes para os cursos superiores, se tornado assim
um grande vestibular. No ano passado cerca de 6 milhões de estudantes
se inscreveram para o ENEM que teve número record de escritos, 120 mil
vagas em todas as 59 universidades federais, e em várias universidades
estaduais do país.
O vestibular unificado serviu para acabar
com a decoreba do antigo vestibular, e o estudante de qualquer estado
do Brasil que fez o ENEM passou a concorrer a qualquer vaga em qualquer
universidade que queira ingressar dentro do território nacional,
deixando evidente sua relevância no acesso ao ensino superior.
Nesse cenário que a UBES e todo movimento
educacional tem visto progresso, no ano passado o Congresso Nacional
aprovou e a presidenta Dilma sancionou o projeto de lei que garante 50%
de vagas por curso e turno em todos os cursos nas universidades
federais, essa foi uma grande conquista dos estudantes brasileiros,
democratizando de fato o acesso à universidade aos filhos de todas as
classes.
Hoje é importante pautar sim o Ministério
da Educação, mesmo com os avanços, enfrentamos um grande problema com a
correção da prova do ENEM, que não nos deu nenhuma segurança quanto ao
nosso desempenho, assim como os critérios também não estão claros. O
fato de ter uma nova correção implica em ficamos à mercê do prazo de
reavaliação e de toda tramitação jurídica, esta que não leva em conta as
especificidades de nós, estudantes, que em boa parte perdeu o prazo
de inscrição do Sisu, por exemplo. Esse é um grande gargalo que a prova
do ENEM tem hoje e que o MEC precisa corrigir, para que no próximo ano
não sejamos mais prejudicados”, defende.
Em nota, o MEC diz que os “critérios de
correção das redações do Enem foram aperfeiçoados e são mais rigorosos”.
Segundo a pasta, os textos produzidos pelos candidatos passaram por
dois corretores de forma independente e foram avaliados segundo cinco
itens de objetividade. Caso haja diferença maior que 20% na nota final
entre esses dois corretores, a redação é lida por um terceiro corretor. E
se, ainda assim, a discrepância persistir, ou seja, a diferença entre
as três notas for superior a 200 pontos, a dissertação passa para uma
banca examinadora composta por três professores avaliadores, que dão
então a nota final ao participante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário